O Cartão de crédito, tem como função principal, transformar o pagamento de nossas despesas em mais convenientes e seguras. Para isso, precisa-se considera-lo um meio de pagamento, tal como cheque ou dinheiro, não uma despesa ou parte da renda. Agindo desta forma, além de mais saudável financeiramente, evita-se uma série de problemas. Isto porque, o limite do cartão, nada mais é do que uma linha de crédito com um item extra: possui as taxas de juros mais caras do país. É um risco financeiro muito alto contrair a este tipo de endividamento. Em pouco tempo, quem não quita a fatura do cartão em dia, pode dever até 10x o valor que gastou. Nos piores casos, assumir um compromisso praticamente impagável.
Para evitar o endividamento, é importante sempre utilizar a opção de compra à vista e pagar a fatura integralmente. Pagamentos parciais e compras parceladas precisam ser evitadas, quitando-as o quanto antes. Nenhuma compra justifica utilizar o rotativo do cartão. Os juros são muito altos e logo a dívida se transformará em um problema. Mesmo os parcelamentos que parecem inofensivos, são indício de que o endividamento começou. Qualquer diminuição de renda ou imprevisto que impeça pagar integralmente a fatura, fará com que as compras parceladas se transformem em inadimplência, turbinada com juros e iniciando assim a famosa “bola de neve” do endividamento.
Para saber quando se pode usar o cartão, basta responder a seguinte pergunta: Se a fatura do cartão vencesse hoje, teria condições de quitá-la integralmente? Se a resposta for sim, você pode utilizar o cartão, caso contrário, você estará se endividando.
Planeje com antecedência suas compras, guardando dinheiro e pagando sempre à vista no dinheiro ou no cartão. Assim você evita o endividamento e o cartão terá a função correta, sem tornar nossos gastos um pesadelo.
André Gustavo Fröhlich, Planejador Financeiro Pessoal, graduado em administração de empresas, especialista em mercado de capitais e formado em Economia Comportamental pela Universidade de Toronto. Auxilia as pessoas, através de consultoria financeira pessoal, cursos e palestras, a se relacionarem de maneira mais equilibrada e saudável com o dinheiro, utilizando-o como um instrumento de realização de sonhos e projetos de vida. Desde 2015 é responsável pela atuação da Libratta Planejamento Financeiro em Santa Catarina.